Em quem confiar em tempos de invasão de hackers que navegaram pelos computadores do TSE, por quase um ano, os quais, como fantasmas reais ameaçaram e ainda ameaçam uma "casa assombrada" chamada Brasil?
Pois bem, recentemente, o próprio TSE, através de portaria, convidou as Forças Armadas a apontar possíveis falhas nas urnas e no sistema de totalização de votos – sistema esse, inexpugnável, acima da média de segurança. Ufa! Quem dera fosse assim mesmo...
Com esse convite às Forças Armadas, o TSE é réu confesso. Em 2018 ocorreram 712 riscos em seu sistema. E agora, a garantia de inviolabilidade parece cair por terra, suscitando a pergunta que não quer calar: Em quem podemos confiar nessas eleições 2022?
Confesso que sinto saudade do voto impresso, carimbado e assinado, dando conta de um ato democrático, seguro e consciente, certo de que, dessa forma, ninguém rasgaria minha assinatura de cidadão brasileiro.
Por enquanto, nessa "casa" onde invasores cibernéticos assustam, a vontade é de recrutar 'caça - fantasmas' arrojados e dispostos a cravar uma estaca no coração de 'vampiros' que tentam drenar o sangue da democracia.
Quando as portas estão escancaradas, as invasões são normais. Portanto, não baixemos a guarda, exijamos saber se nosso voto valeu. Cobremos a prova desse exercício soberano e democrático.
Folgo em sonhar com a minha última impressão – o voto impresso não é coisa velha nem ultrapassada. Ultrapassada é a ideia de que está tudo sob controle, quando na verdade não há segurança nacional no quesito urna eletrônica.
João Victor da Silva
Um poeta/jornalista da cidade de Sapé