Em uma ação histórica, quatro vereadores de oposição, minoria e com menos votos nas urnas, conseguiram barrar a interferência do agora ex-prefeito de Mari, Antonio Gomes (PL), na câmara legislativa. O mandatário tentou impor a indicação do seu filho, Alisson Gomes, à presidência da casa e já teria dado tal vitória como certa.
Não contava, o ex-prefeito, com o poder de articulação dos vereadores Erivan Sousa, Ronaldinho, Emanuele e Waleska que conseguiram sair de um grupo entre minoria, para ser a maioria na câmara ao darem seus votos para dois dos vereadores da base governista, Djá Moura e Tania Silva. Afinal, quem recusaria quatro votos para a presidência? Quem recusaria seu próprio nome como presidente e vice numa chapa certa de vitória?
A soberba e a arrogância do ex-governo em não procurar antecipadamente os seis vereadores eleitos foi uma lição que custou caro. Ainda assim, já havia especulações de que o novo governo eleito não incluiria a indicação de Djá Moura no Bolsa Família. Fato que se consolidou no dia 31 de dezembro com o nome de Magdiel Olinto.
Outra análise que chama atenção é o cruzamento de braços da prefeita eleita na articulação. Ou confiou na experiência do seu padrinho, Antonio, ou era de seu interesse fazer com que a Chapa Gomes sucumbisse. Assim, Lucinha não estaria na mão do ex-prefeito, prezando por uma autonomia no trabalho. Para Alisson Gomes, restou apenas o mandato.
Todas as hipóteses são possíveis, mas o fato é que: Os quatro vereadores mais votados da história de Mari foram derrotados pelos vereadores menos votados causando o Plot twist jamais visto.
E o povo? Parece que o povo aprovou. Menos José Alisson, é claro, que tenta sustentar, sem apoio, o discurso vergonhoso de traição. É, meu caro leitor, o reconhecimento da derrota não ficou para qualquer um.
Fonte: O DIA 1