Da condição de apresentador para ouvinte do programa Liberdade de Expressão, já que me encontrava acometido da Covid-19, pude acompanhar o comentário sensato e lúcido do comunicador Emerson Aluizio quando se posicionou a respeito do papel da assessoria de comunicação da prefeitura de Mari.
Naquele programa – do dia 03 – o ouvinte havia ligado para questionar a falta de pagamento dos prestadores de serviço da secretaria de urbanismo que não receberam seus vencimentos junto com os servidores concursados e atacou o assessor o chamando de mentiroso.
Emerson conseguiu explicar aos ouvintes que o assessor repassa a informação que é lhe fornecida pelo setor responsável pela folha e pagamento desses prestadores, portanto, o papel da assessoria não é resolver a questão, mais deixar as pessoas informadas dos encaminhamentos dados aos problemas apresentados pela população.
Essa é uma questão importante a ser valorizada, a definição dos papeis entre a população, o poder público e a emissora (programa), mais ainda, o do comunicador que sem subsídio de informação não poderia colocar determinado ponto de vista a respeito do assunto.
Dias antes havia trocado uma ideia com Emerson sobre essa questão de posicionar-se sobre determinado assunto quando deste nós não temos conhecimento pleno, domínio mínimo do que se está discutindo, podendo incorrer no descrédito da opinião pública diante do que falamos e/ou da informação que trazemos ao ar.
Observei, nesse episódio, um comunicador mais seguro no que estava falando, despretensioso e comedido, diferente de outros momentos, onde perceptivelmente fala por recortes sugeridos por outrem e visivelmente sob o receio de desagradar algo e/ou alguém.
Foi sensato, foi equilibrado e foi o Emerson que todos querem ouvi-lo, sem intervenção de terceiros e sem influencias externas.
