O ex-prefeito de Mari, Marcos Martins, teve suas contas referente ao ano de 2016 rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado. Mas a tentativa de adiar o veredito da corte fez com que Marcos mentisse durante sua defesa oral apresentada na sessão do dia 20 de abril, última quarta-feira.

Marcos alegou que teve os documentos que comprovariam sua inocência levados durante um assalto ocorrido em sua residência, mas a cronologia das ocorrências não batem com o que alegou o ex-prefeito.

O ex-gestor pediu em 2021 um prazo ao TCE para apresentar sua defesa, prazo dado pelo órgão de 03 de dezembro de 2021 até o dia 25 de janeiro de 2022, ao final deste Marcos voltou a pedir prorrogação de prazo que foi aceito pelo TCE ficando assim o prazo final para sua defesa até o dia 16 de fevereiro de 2022, conforme documentos disponibilizados no site do tribunal.

A alegação de que a sua defesa estaria prejudicada devido ao assalto ocorrido em sua residência não se sustenta porque o referido assalto ocorreu dias após a data final dada ao ex-prefeito pelo TCE, ou seja, o assalto teria ocorrido no dia 25 de fevereiro de 2022, conforme certidão da Secretaria de Segurança Pública anexada ao processo e o prazo dado pelo TCE foi até 16 de fevereiro.

Ainda assim, não consta no Boletim de Ocorrência apresentado por Marcos Martins junto ao tribunal o roubo de documentos, conforme o mesmo alegou durante sustentação oral na referida sessão da corte de contas.

A reprovação das contas de Marcos se deu por diversas irregularidades apontadas pela Auditoria do TCE, destacando-se despesas não comprovadas e falta de recolhimento de obrigações previdenciárias. Ao ex-prefeito Marcos Aurélio Martins de Paiva foi imputado um débito de R$ 499 mil, mais muita de R$ 10 mil.

A decisão ainda cabe recurso.