Em tom de ameaça, Jair Bolsonaro disse há pouco que tudo pode acontecer nas eleições de 2022 e que país estaria próximo de viver “outra crise”, caso o processo eleitoral não seja auditado.
Nas últimas semanas, Bolsonaro tem intensificado os ataques ao Tribunal Superior Eleitoral e questionado o processo eleitoral brasileiro.
Hoje, durante a abertura da feira de supermercados Apas Show, Bolsonaro disse, em discurso exaltado e repleto de palavrões, que não era um “ditador”, mas ressaltou que o país pode viver uma crise institucional após o resultado do pleito presidencial caso a Justiça Eleitoral não adotasse providências para auditar o voto.
“Vocês [supermercadistas] foram excepcionais nessa pandemia, mas tudo pode acontecer. Poderemos ter outra crise. Poderemos ter eleições conturbadas. Imagine acabarmos as eleições e pairar para um lado, ou para o outro, a suspeição de que elas não foram limpas? Não queremos isso”, disse Bolsonaro.
“Ou nós decidimos, no voto, para valer, contabilizado, auditado ou a gente se entrega. E se se entregar, serão 50 anos ou mais para voltar a situação que está hoje em dia”, declarou o presidente.
Como destacamos mais cedo, Bolsonaro também insinuou que petistas já têm conhecimento do resultado das eleições ao comentar a informação de que o senador Jaques Wagner (PT) estaria conversando com os embaixadores dos EUA e da França para evitar uma eventual estratégia golpista de Jair Bolsonaro, caso ele perca das eleições.
“Quem está dando essa certeza para ele [de que Lula vencerá as eleições]? É o inexpugnável TSE?”, declarou.
“A alma da democracia é o voto. O TSE convida as Forças Armadas a participar do processo. As Forças Armadas levantam mais de 600 vulnerabilidades. Dá para vocês entenderem? 600 vulnerabilidades. Faz seu trabalho, apresentam sugestões⦠não valem as sugestões. Não vale. Democracia? Eleições? Quanto mais transparente, melhor”, concluiu.
Fonte: O Antagonista